Resenha Entre o Amor e a Vingança - O Clube dos Canalhas # 1 - Sarah MacLean

Sinopse - O que um canalha quer, um canalha consegue... Uma década atrás, o marquês de Bourne perdeu tudo o que possuía em uma mesa de jogo e foi expulso do lugar onde vivia com nada além de seu título. Agora, sócio da mais exclusiva casa de jogos de Londres, o frio e cruel Bourne quer vingança e vai fazer o que for preciso para recuperar sua herança, mesmo que para isso tenha que se casar com a perfeita e respeitável Lady Penélope Marbury. Após um noivado rompido e vários pretendentes decepcionantes, Penélope ficou com pouco interesse em um casamento tranquilo e confortável, e passou a desejar algo mais em sua vida. Sua sorte é que seu novo marido, o marquês de Bourne, pode proporcionar a ela o acesso a um mundo inexplorado de prazeres. Apesar de Bourne ser um príncipe do submundo de Londres, sua intenção é manter Penélope intocada por sua sede de vingança - o que parece ser um desafio cada vez maior, pois a esposa começa a mostrar seus próprios desejos e está disposta a apostar qualquer coisa por eles, até mesmo seu coração.
"Entre o amor e a vingança" é o primeiro livro da série O Clube dos Canalhas da autora Sarah MacLean. Narrado em terceira pessoa, o início da história se passa em Londres, no ano de 1821. Aos 21 anos de idade, o jovem marquês de Bourne aposta tudo o que possui em um jogo de cartas. Seja por conta da imaturidade, da presunção ou até mesmo do ego, esse jovem acaba perdendo tudo o que possui para o visconde de Langford, um homem que deveria ser seu tutor, mentor e amigo após o falecimento dos pais.
Bourne fica atormentado e promete vingança.
Alguns anos se passam e estamos em 1831, onde Bourne, agora um exilado da alta sociedade britânica é sócio de um estabelecimento chamado O Anjo Caído. Uma casa de jogos que oferece tudo o que os abastados necessitam. Bourne e mais três sócios: Chase, Cross e Temple, três homens que terão suas histórias contadas nos próximos livros.
Bourne se tornou poderoso, mesmo que não convencionalmente. Seus negócios permitem a ele que consiga tudo o que precisa, trocando segredos e informações. Agora, ele descobriu que suas terras, que estavam de posse de Langford serão usadas como dote para o casamento da Penélope Marbury.
Penélope já não é mais uma mocinha. Após um noivado rompido escandalosamente na alta sociedade, ela se tornou "material usado" para os demais. Parece bruto chamá-la assim, mas é necessário lembrar que na época, mulheres eram vistas como bens e os casamentos, em sua maior parte, como arranjos comerciais.
Filha do marquês de Needham, um homem prático e direto, Penélope é uma das cinco filhas do marquês. Duas de suas irmãs estão casadas, mas Philippa e Olívia, ainda não. Fica evidente que ela precisa casar logo, pois aos 28 anos de idade é considerada uma solteirona e isso diminui as chances das irmãs. Penélope é inteligente, centrada e totalmente abdicada da sua felicidade pelo bem de Philippa e Olívia (apesar de que essa última, é tão focada no próprio umbigo que não vê o que Penélope faz).
Bourne está decidido a recuperar sua propriedade e coloca Penélope em uma situação complicada para forçar o casamento. A partir daí, ele precisará repensar se a vingança realmente vale a pena.
Os personagens são cativantes, e os considerados secundários marcam presença. Enquanto Olívia é egocêntrica, Philippa é inteligente demais e observadora. Chase, Cross e Templo são um divertimento à parte. Cada um deles tem um comportamento, mas por serem tão diferentes se complementam perfeitamente. Sem contar que sabem provocar Bourne como ninguém.
Bourne desperta sentimentos mistos, principalmente pela maneira como trata Penélope. Suas atitudes são bruscas em alguns momentos e por Penélope ser tão querida e adorável, em alguns trechos ele merece uns bons chutes na canela.
A escrita da autora Sah MacLean é deliciosa. Não há como descrevê-la de outra forma. O texto é fluido, os diálogos são inteligentes e a forma como os personagens amadurecem aos poucos é formidável.
O texto é coeso. Temos toda uma preparação para chegar aos momentos mais críticos da trama, criando um clima propício para o leitor se encantar.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um trabalho fantástico. A capa, monocromática, dá a impressão de opulência e combina perfeitamente com o romance histórico.

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