Resenha Sonata em Punk Rock - Cidade da Música # 1 - Babi Dewet

Sinopse - Por que alguém escolheria uma orquestra se pode ter uma banda de rock? Essa sempre foi a dúvida de Valentina Gontcharov. Entre o trabalho como gerente do mercado do bairro e as tarefas de casa, o sonho de viver de música estava, aos poucos, ficando em segundo plano. Até que, ao descobrir que tem ouvido absoluto e ser aceita na Academia Margareth Vilela, o conservatório de música mais famoso do país, a garota tem a chance de seguir uma nova vida na conhecida Cidade da Música, o lugar capaz de realizar todos os seus sonhos. No conservatório, Tim, como prefere ser chamada, terá que superar seus medos e inseguranças e provar a si mesma do que é capaz, mesmo que isso signifique dominar o tão assustador piano e abraçar de vez o seu lado de musicista clássica. Só que, para dificultar ainda mais as coisas, o arrogante e talentoso Kim cruza seu caminho de uma forma que é impossível ignorar. Em um universo completamente diferente do que estava acostumada, repleto de notas, arpejos, partituras, instrumentos e disciplina, Valentina irá mostrar ao certinho Kim que não é só ele que está precisando de um pouco de rock and roll, mas sim toda a Cidade da Música.
"Sonata em Punk Rock" é o primeiro livro da série Cidade da Música, da autora Babi Dewet. Narrado em terceira pessoa, a história gira em torno da Valentina Souza Gontcharov, a Tim. Tim é uma jovem de 18 anos de idade que mora no Rio de Janeiro e foi criada pela mãe, que trabalha incansavelmente para sustentar a filha. Tim ama música, é autodidata e possui um verdadeiro dom. Ela se inscreve na Academia Margareth Vilela, o maior conservatório de música do país e é aprovada. 
Academia Margareth Vilela é elitista, exigente e diferente de tudo o que a protagonista já viu. Determinada a tirar o melhor da experiência, Tim percebe que terá que dar atenção a outros estilos de música para se dar bem nas aulas, principalmente música clássica. E quem seria a melhor pessoa para ajudá-la do que o melhor pianista do local, o Kim?
Infelizmente, Kim é um rapaz insuportável, que não se preocupa nem um pouco com os outros, é rude até mesmo com os supostos amigos e só tem dois objetivos na vida: ser o melhor pianista e conseguir a atenção da mãe. E ter uma garota pobretona e sem noção no seu pé não está na sua lista de desejos...


É muito importante ressaltar que o livro tem vários pontos positivos, começando pela escrita fluida da autora. A linguagem é direta e o leitor avança na história sem nem perceber. Existe também inúmeras referências musicais que vão dos clássicos ao moderno, tudo de forma bem eclética e artística, assim como os títulos dos capítulos, que fazem referência a músicas conhecidas. Temos também toda essa vibe k-drama que acaba gerando humor e até mesmo interações divertidas. Tudo isso junto é um prato cheio para os jovens leitores, que vão se deliciar com a Academia Margareth Vilela. Temos a música como personagem central e de alguma forma, a autora consegue torná-la viva e pulsante, o que é maravilhoso. Além disso, no final do livro o leitor ainda conta com a lista de músicas do livro, o que é bem interessante por conta da sua diversidade.
Por outro lado, existem detalhes que deixaram um pouco a desejar, como a composição dos protagonistas. Tim e Kim tem personalidades um pouco rasas e fica difícil se conectar emocionalmente com eles. Seus relacionamentos são superficiais, não apenas entre eles, mas também com as demais pessoas ao seu redor. Além disso, várias questões ficam em aberto, como por exemplo, o pai de Tim, a adoção do Kim (nem sabemos se ele tem pai, pois só cita a mãe) e o problema pessoal do pianista (que por sinal, na vida real suas ações teriam sido fatais) e o romance em si, que não apresentava muita química. Sabemos que não é o foco do livro, mas a impressão é que falta "algo" durante a leitura.
"Sonata em Punk Rock" fala de pessoas tentando encontrar seu lugar no mundo através dos seus talentos e de como a música move e comove as pessoas.


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6 comentários

  1. Oi Carol.
    Achei o cenário musical e as referências a diferentes estilos de música bem interessantes. Mas, parece que a autora pecou no desenvolvimentos dos personagens e em seus relacionamentos. Isso é algo que faz uma grande falta durante a leitura, não conseguir se conectar com os personagens e ver que há uma química entre eles.
    No momento, não é um livro que eu queira ler.
    Beijos

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  2. Carol!
    Nossa! Adorei o livro. Primeiro porque fala de música e gosto da ópera ao punk rock, portanto, é perfeito.
    E depois que a playlist, fiquei ainda mais apaixonada.
    Adorei!
    cheirinhos
    Rudy

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  3. Oi, Carol.
    O segundo livro dessa série em breve será tema do Clube do Livro Autêntica e como eu sou curiosa demais, vou acabar lendo esse livro também!
    Espero que eu goste mais do que você, mas minhas expectativas estão baixas!
    beijos
    Camis - blog Leitora Compulsiva

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  4. Olá! A capa do livro é muito fofa e gostei bastante da proposta do livro, adoro enredos que misturam músicas a suas histórias, a playlist do final já me deixou curiosa. Uma pena que a autora não desenvolveu melhor seus personagens principais e o relacionamento dos dois tenha ficado sem química, ainda assim fiquei curiosa para conferir o livro.

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  5. Não sou fã de livros com enredos que tenham música, por isso creio que passarei a dica.
    Mas confesso que fiquei bem curiosa para saber mais sobre a relação entre o pai de Tim e a adoção de Kim.

    beijinhos
    She is a Bookaholic

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  6. Olá!
    Já li resenha desse livro e tenho uma imensa vontade de ler, sei que tem uma ótima premissa e uma história muito boa.

    Meu blog:
    Tempos Literários

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