Resenha Amante Eterno - Irmandade da Adaga Negra # 2 - J. R. Ward

Sinopse - Nas sombras da noite em Caldwell, Nova York, desenrola-se uma sórdida e cruel guerra entre os vampiros e seus carrascos os redutores. Há uma irmandade secreta, sem igual, formada por seis vampiros defensores de sua raça. Possuído por uma besta letal, Rhage é o membro mais perigoso da Irmandade da Adaga Negra. É o melhor lutador, o mais rápido a reagir e o amante mais voraz, porque em seu interior arde uma feroz maldição lançada pela Virgem Escriba. Possuído por esse lado sombrio, Rhage teme constantemente que o dragão dentro de si seja liberado, convertendo-o num perigo letal para todos à sua volta. Mary Luce, uma sobrevivente de muitas adversidades, entra de maneira involuntária no universo dos vampiros, contando apenas com a proteção de Rhage. Concentrada em combater sua própria maldição, potencialmente mortal, Mary não está em busca de amor e perdeu sua fé em milagres tempos atrás. Mas quando a intensa atração animal de Rhage se transforma em algo mais emocional, ele sabe que Mary precisa ser sua e de mais ninguém. Enquanto os inimigos fecham o cerco, ela luta desesperadamente para alcançar a vida eterna com aquele que ama...

Narrado em terceira pessoa, "Amante Eterno" é o segundo livro da série da Irmandade da Adaga Negra e traz como casal principal Rhage e Mary.

Rhage foi um vampiro jovem que se metia em confusões. Em uma delas, a Virgem Escriba acabou castigando-o com uma maldição. Para evitar que a "besta" tome controle, Rhage precisa de válvulas de escapes: as brigas e sexo com desconhecidas. O fato de ser letal nas lutas e extremamente bonito (os irmãos o chamam de hollywood) facilitam bastante a vida dele no quesito.
"O filho da mãe era tão bonito que ninguém conseguia ficar indiferente a ele. O cabelo louro ostentava um corte curto na nuca com a frente mais longa. O azul de seus olhos era da cor do mar das Bahamas . E o rosto fazia Brad Pitt parecer um patinho feio". (p. 15)
Mary Luce tem 31 anos, trabalha como secretária em um escritório de advocacia e é voluntária na linha de prevenção de suicídios. É especialista na reabilitação de crianças autistas e sente falta de trabalhar na área. Mary é doce, gentil e extremamente solitária. Perdeu sua mãe recentemente e sua única companhia é a sua vizinha Bella. Mary teve leucemia há dois anos atrás e atualmente sente-se muito cansada e está com receio da doença ter voltado.
A personalidade de Mary é extraordinária, pois ela sempre coloca as necessidades dos outros acima da sua. Primeiro com sua mãe, depois com as suas crianças, as pessoas do seu trabalho voluntário e assim vai. Ela nunca realmente se apaixonou e gostaria de ter sido o objeto de desejo de um homem pelo menos um vez na sua vida... Bom Mary, cuidado com o que deseja....
"Mesmo assim, teria sido maravilhoso, ao menos uma única vez, ter um homem encarando-a com adoração total. Um homem totalmente.... fascinado. Sim, essa era a palavra. Ela adoraria que um homem ficasse fascinado por ela". (p. 59) 
Trabalhando como voluntária na linha de prevenção de suicídios, ela recebe de vez em quando uma ligação estranha, onde a pessoa do outro lado da linha não se identifica ou faz algum barulho. 
Mary vai descobrir que as ligações são de um adolescente de cabelos escuros e pele clara, e que é mudo, John Matthew. John sente uma estranha ligação com Mary e uma sensação de que deve tomar conta dela (aqui faço uma pausa para comentar que ficou um pouco mal explicado essa "ligação", já que Mary é humana). Bella, sua vizinha, é uma vampira e percebeu que John também é e pela sua idade está próximo da transição, então leva John e Mary até a IAN, onde Mary conhece a Rhage.
O relacionamento dos dois é construído aos poucos, com alguns atropelos por parte do Rhage (às vezes dá vontade de dar um tapa na nuca do Rhage!). Existe uma sensibilidade nos encontros dos dois que comove o leitor.
"Uma ponta de dedo acariciou a base de seu pescoço, onde estava a cicatriz de sua traqueostomia. Depois, demorou-se sobre as marcas em seu peito onde os cateteres haviam sido inseridos. Ele baixou o cós de seu pijama até onde estavam as perfurações por onde foram introduzidos os tubos de alimentação. Então, ele encontrou o lugar da inserção de seu transplante de medula óssea, no quadril". (p. 193)
Nesse segundo livro temos o romance de Mary e Rhage, mas também temos a inserção de um personagem muito importante, o John, além de espiarmos um pouquinho a nova vida de Butch.
Do lado dos redutores, começa a existir uma ceta divergência entre o Sr. X e o Sr. O e o leitor também acompanha um trechinho sobre o passado desses redutores. 
O livro teve romance, ação e mistério mesclado na quantidade certa. Foi possível se apaixonar pelos protagonistas, mas também acompanhar os avanços na guerra IAN x Sociedade Redutora. E mesmo os redutores sendo os vilões da série, o leitor conhece um pouco mais de sua vida também.
A autora finalizou o livro de maneira magnífica, permitindo que já soubéssemos quem será o casal protagonista do terceiro livro e com um final agridoce.
A capa segue o design do livro anterior, com a cor de fundo alterada, mas com a mesma ideia central.
"John sentiu que o puxavam para o lado. Depois, foi abraçado. E acalentado. Recebeu aquela bondade como um pergaminho seco absorve água: avidamente". (p. 331) 

Confiram as resenhas dos livros anteriores:

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