Resenha Azul Instantâneo - Pedro Vale

Sinopse - “Azul Instantâneo” é o primeiro livro de Pedro Vale. Com 38 anos de idade, há 15 que se mudou para a Madeira, mas sempre que possível regressa a Moreira de Cónegos, de onde é natural. Pedro Vale é professor do 1º ciclo, tendo frequentado recentemente o curso de Ciências da Cultura, na Universidade da Madeira. A leitura sempre esteve presente na sua vida, mas “a escrita surgiu de uma forma espontânea, através do “Facebook”. Era nesta rede social que Pedro Vale escrevia diretamente, sem passar para o papel, os textos que produzia. Então, entre março de 2016 e setembro deste ano, decidiu recolher tudo aquilo que escreveu e depois, em três meses, esteve “a trabalhá-los até dar origem ao livro”. O autor garante que “não há um fio condutor, não há um tema”, contudo, “há um sentimento, uma espécie de mensagem que é também preciso ler e reler algumas vezes para entrar no universo do livro”. “Acaba por ser um apelo às sensações das pessoas”. Segundo Pedro Vale, o livro “é também um bocadinho autobiográfico”.
"Azul Instantâneo" é um livro de poesias escrito pelo autor Pedro Vale e o livro foi produzido em Portugal. É uma obra bem curtinha (possuí apenas 76 páginas), mas é repleta de profundidade e desperta inúmeros sentimentos no leitor.
O autor realizou uma coletânea de seus textos publicados no Facebook e publicou como livro. Dessa forma, não há uma conexão entre os poemas, pois todos foram inicialmente publicados separadamente.
"Por vezes
Acontece entrarmos
Num maravilhoso jardim árabe
E sentarmo-nos logo ali
No primeiro banco de pedra lisa
Imaginando o azul do mar."
O autor brinca bastante com o jogo de palavras, com a estruturação do poema e faz com que o leitor seja capaz de sentir ao invés de pensar logicamente durante a leitura.
"Vi o vento, o verde, a árvore, a pedra, o velho, a dor,
a ponte, o ângulo, o céu, a curva, a cana, o pássaro, o fim,
a morte, o gesto, a brida, o fogo, a água, o poço, o tombo, a
linha, a tábua, o medo, a força, o sol, a sede, a casa, o brilho,
a sebe, a toca, o corvo, a sina, o lago, o foco, a brita, o riso,
a espera, o peixe, o fusco, a flor.
Eu vi."

2 comentários

  1. Oi, Carol.
    Antigamente eu era mais de ler poesias, mas já faz alguns anos que venho me dedicando exclusivamente aos romances. Acho que perdi o encanto, ou sei lá!
    Mesmo assim, adorei o post e espero que os apaixonados por poesia possam curtir o trabalho do autor!
    beijos
    Camis - blog Leitora Compulsiva

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  2. Adorei a resenha… sou apaixonada por crônicas e poesias! Muito talento!

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