Resenha: Para Sempre - Os Imortais # 1 - Alyson Noël

 

Sinopse - Ever Bloom tinha uma vida perfeita: era uma garota popular, acabara de se tornar líder de torcida do principal time da escola e morava numa casa maravilhosa, com o pai, a mãe, uma irmãzinha e a cadela Buttercup. Nada no mundo parecia capaz de interferir em sua felicidade, o céu era o limite! Até que um desastre de automóvel transformou tudo em um pesadelo angustiante. Ever perdeu toda a sua família. Mudou de cidade, de escola, de amigos, e agora, além de todas essas transformações em sua vida, ela precisa aprender a conviver com uma realidade insuportável: após o acidente, ela adquiriu dons especiais. Ever enxerga a aura das outras pessoas, pode ouvir seus pensamentos e, com um simples toque, é capaz de conhecer a vida inteira de alguém. É insuportável. Ela foge do contato humano, esconde-se sob um capuz e não tira dos ouvidos os fones do i-pod, cujo som alto encobre o som das mentes a seu redor. Até que surge Damen. Tudo parece cessar quando ele se aproxima. Só ele consegue calar as vozes que a perturbam tão intensamente. Ever não entende o porquê disso, mas é incapaz de resistir à paz que ele lhe proporciona, à sensação de, novamente, ser uma pessoa normal. Ela não faz ideia de quem ou o quê Damen realmente é. Sua única certeza é estar cada vez mais envolvida... e apaixonada.
"Os imortais" é uma série lançada há mais de uma década pela editora Intrínseca, que recentemente resolvi dar uma chance na leitura. Conforme a sinopse explica, Ever Bloom era a adolescente com a vida perfeita: popular, bonita, com uma família maravilhosa. Até que um acidente automobilístico muda tudo.
"Nem sempre fui essa bizarrice que sou hoje. Já fui uma adolescente normal, do tipo que ia a festinhas da escola, se apaixonava por celebridades e tinha tanto orgulho dos cabelos louros que jamais pensaria em prendê-los em um rabo de cavalo ou escondê-los em um capuz. Eu tinha mãe, pai, uma irmã caçula chamada Riley e uma cadela labrador amarela, fofíssima, de nome Buttercup. Morava numa casa agradável, num bairro bacana de Eugene, no Oregon." (p. 15)
Ever sofreu uma EQM (experiência de quase morte) e quando retornou não era mais a mesma. Por conta disso, ao se mudar para a casa de sua tia, em outra cidade, ela meio que se transformou em outra pessoa. De popular ela se tornou a garota "estranha" que só tem dois amigos e que se esconde de tudo e de todos, evitando tocar qualquer pessoa e ter um deslumbre de seus pensamentos. Não é uma vida fácil, ainda mais levando em consideração de que ela ainda está lidando com o luto de perder todos que amava.

Tudo começa a mudar quando um dia na escola, um novo aluno é apresentado: Damen Auguste. Damen é o tipo de garoto que arranca suspiros por onde passa, mas não é só isso que desperta o interesse de Ever: pela primeira vez desde o acidente, ela não consegue "ler" alguém. E essa possibilidade, de estar próximo de alguém sem sofrer com seus novos dons é extraordinário para a jovem. Pena que Damen é esquivo e cheio de contradições...

A premissa do livro é muito boa: jovem sofrendo uma perda gigantesca encontra rapaz misterioso com um grande segredo. E apesar de ser uma leitura viciante, a construção dos personagens deixou um pouco a desejar. Sim, os protagonistas são adolescentes e suas "preocupações" são menos sérias, assim como suas prioridades, mas existem personagens que são bem chatinhos de acompanhar, como a melhor nova amiga de Ever, a Haven. Sua personalidade volátil e necessidade de ter atenção é realmente irritante, e para uma protagonista que tem apenas dois amigos, fica difícil de evitar Haven.

Sabine é a tia que caiu de paraquedas na situação. Ela é uma workholic que não tem filhos, mas que assume Ever com 100% de dedicação e tenta ao máximo fazer o seu melhor. Mesmo que acabe errando no caminho.

Ever é uma protagonista difícil. Apesar de compreendermos seus motivos, sua dor e perda, sua personalidade não é tão agradável. Isso acaba dando um tom repetitivo em algumas cenas, o que torna a leitura um pouco cansativa.
"Até que o álcool me transporte a um lugar bem mais feliz do que este. A um mundo sem lembranças. A uma história de vida sem perdas." (p. 195) 

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