Resenha A Colônia - Ezekiel Boone




Sinopse - Nas profundezas de uma floresta no Peru, uma massa negra devora um turista americano. Em Mineápolis, nos Estados Unidos, um agente do FBI descobre algo terrível ao investigar a queda de um avião. Na Índia, estranhos padrões sísmicos assustam pesquisadores em um laboratório. Na China, o governo deixa uma bomba nuclear cair “acidentalmente” no próprio território. Enquanto todo tipo de incidente bizarro assola o planeta, um pacote misterioso chega em um laboratório em Washington... E algo está tentando escapar dele. O mundo está à beira de um desastre apocalíptico. Uma espécie ancestral, há muito adormecida, finalmente despertou. E a humanidade pode estar com os dias contados.


"A colônia" é um livro incrível que prende a atenção do leitor do início ao fim. A trama é narrada em terceira pessoa e se desenrola em inúmeras partes do mundo. Dessa forma, não existe um único protagonista, apesar de termos alguns núcleos que se destacam mais.
O prólogo acontece nos arredores do Parque Nacional de Manu, no Peru, onde um guia turístico tem um grupo de americanos irritantes, entre eles está Henderson, um milionário que contribui bastante para a campanha da presidente dos EUA. O grupo está realizando uma trilha quando algo, que parece uma onda negra, ataca o grupo. Henderson sobrevive e parte imediatamente em seu jatinho para casa. 
Em Minneapolis, Minnesota, temos o agente Mike Rich, um homem de uns quarenta anos de idade, divorciado que está tentando equilibrar o trabalho com o tempo dedicado a filha, enquanto lida com o fato da ex-esposa estar seguindo em frente com sua nova vida.
No Centro Nacional de Informações de Engenharia Sísmica, em Kanpur, na Índia, a dra Basu e Faiz estão tendo leituras "estranhas" que não conseguem identificar. O sinal ritmado não parece um terremoto. O que poderia ser?
Em Washington, D.C., na American University, a professora Melanie Guyer conduz suas pesquisas com aranhas com a ajuda de três estudantes: Tronco, Julie Yoo e Patrick Mordy. Melanie é completamente dedicada ao trabalho. É tão dedicada que seu casamento com Manny não resistiu as inúmeras horas que ela passa em seu laboratório. Melanie é inteligente, tem sacadas rápidas e senso de humor, além de ser apaixonada por aranhas.
"Isso bastou para que Melanie tirasse a mão do laptop e se virasse de vez para olhar a bolsa de ovos. Era grande. Essa tinha sido a primeira característica que a impressionara no dia anterior. Como era grande. Não havia dúvida de que aquilo era uma bolsa de ovos, mas ela nunca havia visto nenhuma daquele tamanho". (p. 125)

Temos também a Casa Branca, com a presidente Stephanie Pilgrim, Manny, Ben Broussard, o chefe do Estado-Maior Conjunto, Billy Cannon, o secretário de Defesa e Alexandra Harris, a conselheira de segurança nacional.
Na província Xinjiang, na China, local que sobrevive graças a mineração, algo estranho está acontecendo. Soldados começaram a chegar na fábrica e a comunicação está completamente bloqueada. Os moradores estão isolados: sem telefones e internet e um muro de contenção está sendo criado. O que estará acontecendo?
"Não se distribui tropas pelo pais se não se espera uma invasão. Ou algo do tipo. Eu aposto em algo do tipo. Máscaras de gás? Não é alguém. É alguma coisa. E as cercas não são para campos de concentração. Acho que é para quarentena. A questão não é quem, mas o que vamos tentar manter fora do país". (p. 175)
Temos também a perspectiva de um grupo de soldados americanos que vai ser recrutado às cegas para uma missão e um grupo de indivíduos que acredita no fim do mundo e por conta disso, tem abrigos subterrâneos e armamento pesado.
Esse é o panorama geral que vai sendo apresentado ao leitor. Inicialmente temos a impressão de que são situações isoladas, mas todas elas, direta ou indiretamente tem relação com uma espécie de aranhas que estava dormente, aguardando seu momento para agir.
Conforme a obra vai se desenvolvendo vamos tendo mais informações sobre essas peculiares criaturas e a devastação que elas vão causando pelo caminho.
A trama é bem interessante e foi muito bem construída. Os personagens são carismáticos e vão fazendo questionamentos importantes sobre o que está acontecendo. Questionamentos que nós mesmos fazemos durante a leitura. 
"Canibais? Era isso mesmo? Isso não seria só para dizer que elas comiam umas às outras? Elas eram canibais se comessem seres humanos, em vez de outras aranhas?" (p. 167)

O enredo é eletrizante do início ao fim. No prólogo temos momentos de grande tensão e situações que nos deixam arrepiados, porém, o final do livro tem uma conclusão que nos deixa de queixo caído e com a necessidade imediata de lermos a continuação.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um ótimo trabalho. A capa combina perfeitamente com a história e temos desenhos de aranhas na parte interna do livro.
"Mike levou um instante para entender o que a aranha estava fazendo. A mancha escura no chão era sangue. Ele olhou para o paletó enrolado em sua mão e viu uma gota cair. Ele estava sangrando no chão. A mancha escura no chão era seu sangue. E, aparentemente, a aranha estava se alimentando". (p. 97/98)

4 comentários

  1. Nunca tinha lido esse livro!
    Já tinha visto ele por ai, e sempre me chamou a atenção!
    Adorei a premissa e acho que lerei!
    A capa é linda.
    Beijossss

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  2. A capa é bem bacana e gostei do livro por ser fictício, além de conter informações ricas sobre o desenvolvimento do enredo, como as manifestações misteriosas que ocorrem em cada parte do mundo. Parece um ótimo livro pra ler =)

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  3. Carolina!
    O livro será minha próxima leitura e já estou ansiosa para ver os progressos científicos para explicar a invasão e também ver o ponto de vista dos países envolvidos no 'massacre' feito pelas aranhas.
    “Só a mágoa deveria ser a instrutora dos sábios; Tristeza é saber.”(George Lord Byron)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  4. Uau, parece mais um filme do que livro. Gostei, é empolgante e è o tipo de livro que consegue prender minha atenção.

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