Resenha: Quando Escolhi Você - Into the Deep # 2 - Samantha Young

Sinopse - Depois de consertar os cacos deixados por Jake, a família de Charley não o considera bom o suficiente para estar novamente na vida da jovem. Assim, a garota não vê outra opção a não ser enfrentá-los para, finalmente, ser feliz ao lado dele. O que Charley não esperava é que, depois de escolher deixar Jake entrar novamente em sua vida, um incidente terrível aconteceria e colocaria, mais uma vez, o relacionamento deles à prova. E agora, quem ficou completamente perdida foi a supergirl. Será que tudo o que ela enfrentou para ficar com Jake realmente valeu a pena?
Último livro da duologia "In the Deep", "Quando escolhi você" é narrado em primeira pessoa pela protagonista Charley, a Supergirl.

A história é dividida em dois momentos: o presente e os acontecimentos de seis meses antes, dando ao leitor as explicações necessárias para o desfecho que encontramos no presente.

O livro começa em Lanton, Indiana, a cidade natal da protagonista. Charley se encontra em casa, ajudando a mãe na floricultura e passando os dias em uma rotina sem graça, com os olhos sem vida e sem entusiasmo.

Nem mesmo a presença da melhor amiga Claúdia parece mudar o humor da protagonista, que se encontra focada em agradar os pais de todas as maneiras, mesmo que isso signifique deixar os seus sonhos de lado. 

Como se isso não bastasse, Charley está se escondendo do mundo, principalmente de Jake, que apenas poucos meses atrás acreditava que estava protagonizando o seu "felizes para sempre". Faltando apenas uma semana para a volta as aulas, Charley tem muitas decisões a tomar...

Esse final da série foi um pouco decepcionante em vários aspectos. Primeiramente, a personalidade dos protagonistas mudou totalmente e mesmo entendendo o momento delicado que Charley está passando, isso não é o suficiente para justificar muitas de suas ações.

Para quem leu o primeiro livro sabe que a mocinha é o tipo de pessoa que faz de tudo para agradar aos pais, pois não aguenta decepcioná-los. E existe, de certa forma, uma manipulação dos pais para que ela faça o que eles desejam. Vejam bem, o sonho de Charlye é se inscrever na academia de polícia quando se formar, enquanto os pais querem que ela se torne advogada. Apesar de entender os receios que os pais devem sentir ao ver sua filha podendo correr perigo diariamente, é triste vê-los fazendo chantagem emocional com a filha, tratando-a com indiferença até que ela mude de ideia. 
"Quando se é criança, toda a sua felicidade depende dos seus pais. Um abraço deles, um beijo na testa, brincar de cavalinho, a gargalhada deles, as palavras gentis, o afeto, o amor... Esse tipo de gesto cura um machucado no joelho, um xingamento de um coleguinha de classe ou a morte de um bichinho de estimação. Enquanto soubesse que meus pais me amavam, que eu os deixava orgulhosos e que tinha o respeito deles, tudo ficaria bem." (p. 09)
Além de apática, Charlye regrediu como personagem. Ser jovem, estar no início dos vintes anos e estar apaixonada são explicações plausíveis quando falamos em imaturidade, mas em muitos momentos, Charlye age com birra, o que é desnecessário, quando tudo o que teria que fazer era conversar ou expressar o que sente ou pensa. Houve muito drama sem conteúdo nessa continuação.

O próprio ponto de reviravolta escolhido pela autora tornou mais da metade do livro uma forma de enganação, pois desde a primeira página ela leva o leitor a acreditar em algo, que apenas em uma cena de diálogo é desfeito. Faltou um certo desenvolvimento nesse ponto.
"Cada músculo do meu corpo doía com a saudade que eu sentia dele, e eu não sabia se queria chorar, xingar ou gritar. Até aquele momento, eu não tinha percebido o quão verdadeira e profundamente sentia falta dele." (p. 33)


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