Resenha: Desejo : Dê uma mordida - Tracy Wolff

 
Sinopse - Meu mundo mudou por completo quando entrei na Academia Katmere. Este lugar e os alunos que estudam aqui são muito estranhos. Aqui estou eu, uma simples mortal entre deuses... ou monstros. Ainda não consigo decidir a qual dessas facções em guerra eu pertenço, ou mesmo se pertenço a alguma delas. Tudo que sei é que a única coisa que os une é o ódio que sentem por mim. E há também Jaxon. Um vampiro com segredos mortais que não sente nada há cem anos. Mas há algo nele que me atrai, algo que se quebrou e que, de algum modo, se encaixa no que se quebrou em mim. E isso pode trazer a morte para todos nós. Há uma razão para Jaxon ter erguido muralhas ao redor de si mesmo. Agora, alguém quer acordar um monstro adormecido, e eu fico me perguntando se fui trazida aqui intencionalmente, como isca.


Para os leitores que estavam com saudades dos livros românticos com criaturas sobrenaturais, a Astral Cultural traz o primeiro livro da série "Desejo", da autora Tracy Wolff.
A história é narrada em 1ª pessoa, pela protagonista Grace, uma jovem de 17 anos de idade que se torna órfã e que precisa se mudar para o Alasca repentinamente, pois seu tio Finn é o diretor do colégio interno conhecido como Academia Katmere.
Então imaginem o cenário: uma adolescente que perdeu os pais e precisa largar tudo e todos que conhece para se mudar para o Alasca, para uma escola que fica no meio do nada. E quando digo no meio do nada, não é exagero. E ainda por cima, em um local tão frio que até durante a leitura conseguimos perceber.
Grace pelo menos tem a oportunidade de dividir o dormitório com a sua prima Macy, que realmente fica feliz com a sua presença, mesmo que por conta de uma situação tão dolorosa.
Porém, tudo começa a dar errado assim que Grace pisa na Academia Katmere. Ela logo se depara com um rapaz "alto, moreno e trevoso" (palavras da Grace), que imediatamente a faz se sentir indesejada. E contra todo bom senso, a protagonista sente uma conexão com o cara, que é o Jaxon.
"Ainda assim, há algo a mais nele, algo diferente, poderoso e esmagador, embora eu não faça a menor ideia do que seja. Bem, claro. Ele tem o tipo de rosto sobre qual os poetas do século dezenove adoravam escrever: intenso demais para ser bonito e impressionante demais para receber qualquer outra definição." (p. 21)
A dinâmica entre os alunos de Katmere a primeira vista não é incomum: vários grupos separados, que só conversam entre si. Mas ao olhar com mais atenção, Grace começa a perceber que existe algo a "mais" na escola e que, não é apenas Jaxon que a faz se sentir indesejada por lá.
Grace é uma personagem um pouco ingênua, mas também um pouco sem noção aos acontecimentos ao seu redor. Como a narrativa é a sua perspectiva, em alguns momentos se torna um pouco frustrante suas ações, mas também é o que permite ao leitor ter discussões com os personagens.
"É a cena mais sensual que já presenciei, e eu nem mesmo sei por quê. Afinal de contas isso não devia me assustar?" (p. 57)
Jaxon é tudo o que um bom romance clichê tem de melhor: um cara grosseirão, problemático, mas com um grande coração...
Outros personagens vão compondo a história, como os membros da Ordem, Flint, Lia, Macy e o próprio tio Finn.
Flint é o típico cara popular da escola, que está sempre sorrindo e brincando. Lia é a "estranha", aquela que fala com poucos e é reclusa. E Macy, é a Macy. Em um momento é super atenciosa, em outros, nem tanto.
É impossível ler a obra e não fazer comparações com outro romance de vampiros famoso. Apesar de ter suas similaridades (afinal, algumas características são chamadas de clichês por um motivo), a autora traz aspectos diferenciados e soube encerrar muito bem o primeiro livro com uma reviravolta surpreendente!
"Nunca me senti tão aterrorizada em toda a minha vida." (p. 12)


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