Resenha Meu pecado - Javier Moro

Sinopse - Nesse romance histórico, baseado em uma incrível história real, a protagonista é a atriz espanhola Conchita Montenegro. Em 1930, com apenas 19 anos, ela sai de Espanha e segue rumo a Hollywood, em busca de sucesso na capital do cinema. Graças a sua beleza, sua inteligência, sua forte personalidade e sua tenacidade, quem antes era apenas uma jovem promessa se torna uma das principais estrelas de sua época. Seu olhar penetrante e extremamente envolvente acaba conquistando Leslie Howard, um dos atores mais célebres do momento. Leslie, no entanto, era um homem casado, com mais que o dobro da idade de Conchita. Isso não é um empecilho para os dois, que se apaixonam e começam um tórrido romance, entre festas dignas de sonhos e estreias triunfais nas maiores e mais disputadas telas do mundo, entre passeios a cavalo e voos panorâmicos pela costa californiana, entre a paixão e a traição. Treze anos depois, em plena Segunda Guerra Mundial, a história de amor tem um desenlace inesperado, quando os dois amantes se reencontram em Madrid. Sem saber, esse encontro irá influenciar o curso da guerra, orientando a participação de Espanha no conflito.
"Meu pecado" é narrado em terceira pessoa e se passa inicialmente em Madrid, no período de 1940-1943. Conchita Montenegro é uma mulher de 32 anos de idade é uma estrela de cinema que fez muito sucesso em Hollywood.
Para ela, sua vida em Madrid é entendiante. Sem ter a liberdade que tinha na América, Conchita se vê presa a uma sociedade machista e com a carreira estagnada, noiva de Ricardo Giménez, um militar proveniente de família conservadora.
É com esse cenário que Conchita nos leva através de suas memórias, à Hollywood, treze anos antes e conta sobre seus amores e desafetos, sucessos e fracassos alcançados.
Apesar do subtítulo ressaltar a Segunda Guerra Mundial, o livro foca mais no glamour do cinema, as dificuldades dos imigrantes em conseguir papéis de destaque. Fala da época de transição entre o cinema mudo e o cinema falado.
"Ser país "não beligerante" significava que a Espanha era aliada das potências do Eixo, embora não participasse ativamente da guerra. Na prática, porém, colaborava com os alemães, facilitando, por exemplo, linhas de abastecimento de material bélico para os exércitos do Reich. A mudança para "neutro"m status que a Espanha tinha no início da guerra, correspondia a ser imparcial com ambos os lados". (p. 39)
Conchita tem duas irmãs, a irmã mais velha Justa, que atua como sua tutora legal e sua agente e Jeana, a irmão caçula. Conchita tem uma personalidade volátil e até mesmo fútil. É o tipo de personagem que se apaixona fácil e que não suporta a ideia de que um homem não a admire ou deixe de amá-la. O seu mundo se torna glamouroso muito rapidamente e ela conhece personalidades como Greta Garbo, Chaplin e Rita Hayworth.
É essa mistura entre a vida pessoal de Conchita e as descrições da época que impulsionam o lado histórico do livro, trazendo algumas menções à situações mais sociais, encontro com alguns militares e momentos em que realmente observamos o impacto da guerra em Madrid.
"Em seu pequeno discurso deu uma notícia em primeira mão: o governo havia aprovado uma lei que obrigava os exibidores de cinema a lançar somente filmes dublados. Era o início de um futuro radiante para a Fono Espana". (p. 18)
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4 comentários

  1. Olá! ♡ Eu ainda não conheço o autor, nem a obra, mas achei bem interessante a premissa.
    Achei essa capa muito bonita, a Planeta caprichou.
    Confesso que o que mais chamou minha atenção não foi a protagonista e seus dilemas em si, mas sim o lado histórico do livro que parece ser muito bem desenvolvido. Adoro histórias que têm como cenário fatos históricos, esse tipo de história geralmente me interessa demais.
    Obrigada pela indicação! Beijos! ♡

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  2. Oiii ❤ Não gostei muito da personalidade de Conchita, é realmente bem fútil ela não suportar a ideia de um homem não gostar dela.
    Mas, mesmo assim, eu faria essa leitura, já que ela tem enfoque também na guerra e no cinema da época, que são assuntos que me chamam atenção. Deve ser interessante ver como a Guerra influenciou na Espanha.
    Beijos ❤

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  3. Oi, Carol.
    Eu estava até me interessando pelo livro, mas quando vi que ele foca mais nas questões do cinema, perdi um pouco a vontade. Achei que a história ia ter mais relação com a guerra!
    Obrigada por avisar na resenha!
    Beijos
    Camis - blog Leitora Compulsiva

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  4. Olá! Gosto desses livros que misturam ficção com realidade, acho que torna a leitura mais enriquecedora, a princípio não gostei muito dessa protagonista, mas só lendo o livro para descobrir se tenho razão ou não.

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