Resenha Rosas de Maio - The Collector # 2 - Dot Hutchison

Sinopse - A eletrizante sequência do sucesso O Jardim das Borboletas. Quatro meses se passaram após a descoberta do Jardim e de suas “borboletas”: jovens mulheres, sequestradas e mantidas em cativeiro por um homem brutal e obsessivo, conhecido apenas como Jardineiro. O inverno está chegando ao fim, e as Borboletas esperam ansiosamente por dias mais quentes e tranquilos. Para os agentes Brandon Eddison, Victor Hanoverian e Mercedes Ramirez, no entanto, a calma não parece valer: em outra parte dos Estados Unidos, mais uma jovem surge brutalmente assassinada. Os indícios apontam para a ação de mais um serial-killer psicopata, capaz não apenas de matar a sangue frio, mas também de elaborar a cena a ser descoberta: a jovem é descoberta no altar de uma velha igreja, com a garganta cortada e o corpo rodeado de flores.

CONTÊM SPOILERS DO LIVRO ANTERIOR

"Rosas de Maio" é o segundo livro da série The Collector e irá acompanhar os três agentes especiais que cuidaram do infame caso das Borboletas em mais uma busca implacável por um criminoso hediondo.
O livro é narrado em terceira pessoa e a história se passa apenas alguns meses após o final do primeiro livro, quando os agentes prenderam o Jardineiro e libertaram as garotas. A mídia ainda está em polvorosa com o caso, principalmente pelo fato de que o culpado em breve irá a julgamento.
Mas e as vítimas? A maioria delas não está sabendo lidar com tudo o que está acontecendo, adaptar-se ao mundo ou enfrentar pessoas fazendo comentários odiosos. A verdade é que nem sempre ser resgatada significa ser livre...
Brandon Eddison, Victor Hanoverian e Mercedes Ramirez são agentes excepcionais que dedicam-se de corpo e alma em cada caso, mas que também estão muito abalados com tudo o que viram e ouviram sobre o cativeiro. Por mais que tentem manter-se emocionalmente distante das vítimas, é algo extremamente difícil, principalmente quando suas histórias são tão impactantes.
Prova do envolvimento emocional deles com as vítimas é o fato de que os três mantêm contato com Priya, uma adolescente de 17 anos de idade que quando criança encontrou o corpo da irmã Chavi, que foi brutalmente assassinada.
Chavi, assim como outras jovens, foi vítima de um homem doentio, que deixa flores específicas em cada uma de suas vítimas e cria um cenário inesquecível, uma declaração do seu ponto de vista distorcido. O problema é que as vítimas não estão relacionadas entre si e são fisicamente diferentes uma das outras. A única similaridade é a idade, pois são jovens que estão no final de sua adolescência.
O livro vai alternar os pontos de vista entre Priya e os agentes especiais. Priya e sua mãe passaram por muita coisa, mas estão tentando recomeçar. Ambas são resilientes, determinadas, inteligentes e carismáticas. Não é a toa que os três agentes especiais gostam tanto das duas.
"No show de horrores quase incessante que é seu trabalho, Priya é uma centelha espinhosa de vida. E ele está na repartição há tempo suficiente para ser grato por isso." (p. 19)
Porém, a situação acelera quando mais jovens são brutalmente assassinadas e a assinatura do assassino de Chavi se repete, deixando claro que esse homem não vai parar de matar. Torna-se essencial capturá-lo o quanto antes...
Além da parte da investigação, existe a parte emocional das vítimas e de seus familiares. Priya e sua mãe e Inara e algumas outras Borboletas representam muito bem esse espectro da violência. Elas descrevem sobre as dificuldades de se "seguir em frente", do rótulo permanente de vítima e de como é difícil se encaixar na sociedade após terem passado por algo tão traumático. É emocionante de se ler seus depoimentos.
"Não tenho respostas. Não tenho conhecimento. O que tenho é um rancor saudável e a determinação de que um dia vou descobrir como se faz essa coisa chamada viver. Talvez a justiça só possa ir até aí." (p. 148)
Temos também a perspectiva dos agentes, o pesar de não terem encontrado o culpado antes, a tristeza quando uma nova vítima aparece e como suas vidas pessoais são afetadas pelo trabalho. Observar como cada um deles lida com o estresse, a frustração e a dor que cada caso traz também faz parte do lado delicado dessa leitura.
"Eddison não é um homem paciente. Já esperou tempo demais para dizer a Priya e a todas as famílias das vítimas que eles pegaram o filho da mãe que matou suas meninas. Não quer acrescentar outra pasta à pilha, outro nome à lista. Só não sabe se existe um jeito de evitar isso. É praticamente março." (p. 79)
A autora também incluiu a percepção do assassino, como ele enxerga suas vítimas e o que o motiva a escolher cada uma delas. Esses trechos são mais pesados de se ler, pois percebemos que esse personagem tenta racionalizar suas ações, como se os seus atos fossem possíveis de serem compreendidos.
A Editora Planeta arrasou na diagramação do livro. É uma edição de capa dura, com algumas páginas escuras com o desenho de uma rosa. A revisão e diagramação estão de tirar o fôlego!
"Todo mundo tem uma opinião, todo mundo tem uma teoria. Todo mundo tem uma ideia própria sobre o que significa justiça." (p. 52)

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Confiram a resenha do livro anterior:

3 comentários

  1. Olá! ♡ Nossa, eu adorei a capa, achei ela misteriosa e profunda ao mesmo tempo.
    Não consigo nem imaginar o quanto Priya e a mãe devem ter sofrido ao perder alguém tão importante de maneira tão brutal.
    Achei bem interessante que além de contar com o ponto de vista da protagonista, o livro também conta com a perspectiva dos agentes. Gostei muito disso, pois assim podemos conhecer melhor a Priya e os agentes, além de podermos acompanhar de perto a investigação.
    Obrigada pela indicação! Beijos! ♡

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  2. Oiii ❤ Uau, que trama!
    O tema abordado no livro é bem forte, não consigo nem imaginar como foi para essas mulheres passarem tanto tempo em cativeiro, a angústia, os traumas... É triste que esse não seja um caso isolado, que muitas mulheres ao redor do mundo passaram/passam por isso.
    Deve ser difícil ler os depoimentos das Borboletas, saber os horrores que elas enfrentaram.
    Gostei que além do ponto de vista dos agentes, temos também o de Pryia, pois pontos de vista variados me agradam bastante.
    Quero muito ler o primeiro livro e esse, pois gosto bastante de livros que abordam temas importantes.
    Beijos ❤

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  3. Olá! O livro parece ser bem intenso, realmente deve ser muito difícil para as vitimas seguirem em frente depois de tudo pelo que elas passaram, e como essas famílias fazem para conseguir superar todo esse drama, imagino como deve ser frustrante e angustiante para os responsáveis por encontrarem os culpados verem mais pessoas morrendo, mas sem dúvida, a parte do assassino deve ser a mais difícil de ser lida. A edição realmente parece ser linda.

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