Resenha: Outro tipo de felizes para sempre - Luci Adams

 

Sinopse - A vida de Bella Marble está bem distante do que sonhou. Ela investiu bastante para se tornar uma escritora de sucesso, mas só o que conseguiu foi trabalhar como recepcionista em uma editora. A essa altura da vida imaginou que estaria casada, num relacionamento feliz, mas continua sozinha e seus pais vão se divorciar. Para piorar, sua melhor amiga, Ellie Mathews, está mudando de cidade e vai se casar com o cara mais insuportável do planeta. Sentindo-se perdida, a única parte feliz de sua rotina é com o amigo e confidente Marty, irmão de Ellie. Depois que Marty a aconselha que pare de procurar por um príncipe encantado e apenas se divirta, ela acaba descobrindo um novo lado poderoso de si mesma. E quando um texto com sua versão de contos de fadas de uma noite desastrosa viraliza, ela percebe que finalmente encontrou a sua voz. Só que agora vive a pressão de escrever "novos contos de fadas"... mas para isso ela precisará vivê-los primeiro... E daí virão muitas gargalhadas.

Confesso que realizei a leitura já tem um tempinho, mas demorei para pensar em como eu poderia escrever a resenha dele. Sabe quando você inicia uma história, tem momentos muito, muito engraçados que tem fazem rir, mas tem algo no livro que te incomoda bastante e você não consegue se apaixonar completamente pela obra? Foi exatamente assim que eu me senti.

A história é narrada em primeira pessoa pela Bella, uma mulher no final dos 20 anos que está decepcionada com a vida que está levando. Ela imagina uma vida de princesa, onde teria um príncipe encantado, uma carreira maravilhosa e em constante ascensão como escritora e estaria ao lado de sua melhor amiga. Até aí, é muito fácil se identificar com a protagonista, alguém tão sonhadora.

Porém, como todos nós sabemos, a realidade nem sempre é o que desejamos. Bella trabalha como recepcionista em uma editora, não consegue arranjar um namorado e sua melhor amiga vai deixar de morar no mesmo apartamento com ela para morar com um cara que Bella considera sem graça.

O grande problema é que Bella é um pouquinho egocêntrica. Tá bom, tá bom. Muitoooo egocêntrica, e passa o livro todo reclamando da própria vida, criticando os outros (como se o mundo conspirasse contra ela) e não enxerga as necessidades das pessoas amorosas e solidárias que estão ao seu redor.

Por conta disso, eu tive muita dificuldade em me conectar com essa leitura, pois a todo momento queria sacudi-la e gritar: Acorda, Bella! Aprecia as pessoas que te amam, caramba!

O enredo na verdade, é sensacional. Acompanhar uma protagonista a procura do seu príncipe encantado e ver que ela encontrada vários sapos, é realmente interessante. Especialmente quando a mocinha tem alguém como o Marty ao seu lado.

Marty é aquele cara que finge que não se importa com nada nem com ninguém, mas que por baixo da casca grossa não passa de um grande urso de pelúcia.

 Como a narrativa é em primeira pessoa, as descrições não são exatamente confiáveis, pois a visão de Bella é muito estreita. Então, isso me fez questionar a todo momento se as situações realmente aconteceram de determinada maneira ou ela não aumentou alguma coisa para colocar a situação a seu favor.

O que eu posso dizer é que a inspiração nas histórias clássicas de princesas foi uma delícia de se ler. Cada encontro traz uma diferente, de forma moderna e desastrosa.

Aconselho os leitores a conferirem essa história e tirar suas próprias conclusões sobre o comportamento da Bella. 

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