Resenha Amante Revelado - Irmandade da Adaga Negra # 4 - J. R. Ward

Sinopse - Butch O’Neal é um lutador por natureza. Ex-policial da divisão de homicídios, durão, ele é o único humano que já foi admitido no círculo da Irmandade da Adaga Negra e deseja mergulhar ainda mais fundo no mundo dos vampiros, na guerra contra os redutores. Não tem nada a perder. Seu coração pertence a uma vampira, uma beldade aristocrática inatingível para ele. Se não pode ter Marissa, então, pelo menos, quer lutar lado a lado com os Irmãos. O destino o amaldiçoa realizando precisamente o seu desejo. Quando Butch se sacrifica para salvar um vampiro dos assassinos, cai vítima da força mais sinistra dessa guerra. Deixado para morrer, é encontrado por um milagre, e a Irmandade recorre a Marissa para trazê-lo de volta. Mas mesmo o seu amor pode não ser suficiente para salvá-lo...

Talvez fossem as altas expectativas para descobrir sobre o futuro de Butch na IAN, mas o quarto livro da série decepcionou um pouco. 

Narrado em terceira pessoa, a história acontece alguns meses após os acontecimentos do último livro. Butch é um ex-policial, está com 37 anos de idade e sente que não está sendo muito aproveitado, pois os irmãos se preocupam com a sua vulnerabilidade. Além disso, Butch está sem ter notícias de Marissa, que aparentemente o dispensou de vez. 
Em uma das suas saídas ao clube de Revenghe conhece Xhex, a segurança do clube que tem um estilo meio andrógino. Xhex aparentemente terá um papel a desenvolver nos próximos livros e também auxilia o leitor a entender um pouco melhor a realidade de Revenghe como sympatho.
Em paralelo a essa situação o leitor acompanha Marissa na Glymera. Apesar de ser uma fêmea de valor, vinda de uma família de respeito, ela se sente um pouco "distante" da sociedade, graças aos olhares de pena pois ainda é uma inthocada, e o que é pior, foi abandonada pelo rei em troca de uma mestiça. O leitor observa o sistema patriarcal da sociedade, onde as fêmeas ainda precisam da aprovação da família e até mesmo podem ser proibidas de realizarem determinadas atividades se os responsáveis da família assim quiserem.
Outro lado da história que é desenvolvido é a história de John, que agora vive cheio de raiva graças a perda de seus novos pais. O jovem sente-se mais deslocado e sozinho do que nunca.
E também é claro temos a visão da Sociedade Redutora. Nada de extraordinário acontecendo no momento, com exceção do retorno do Sr. X (a obsessão do Sr. O pela Bella pelo visto chegou aos ouvidos do Mestre) e o sensei está de volta aos recrutamentos.
Butch vai levando essa vida de auto-flagelo até que ele tem um encontro com o Ômega. Desse encontro o ex-policial terá sua vida alterada.
Apesar da ideia central para o Butch ser interessante, acredito que o resultado final de toda a ação que o envolve nesse livro resultou em um caminho "fácil", pois se não tivesse acontecido o que aconteceu no final não seria possível manter o personagem.
A história teve alguns furos, como a falta de comunicação entre o casal protagonista do livro, que não foi bem explicada, ou o passado da mãe do Butch.  Certas informações poderiam ter sido melhor desenvolvidas.
Mostrar a família biológica do Butch foi uma boa jogada da autora para fazer o leitor entender o seu comportamento turrão e um pouco brusco.
No quesito química do casal, Butch e Marissa combinam. Ele desde o início se mostrou interessado na inocência dela e Marissa por sua vez mostrou-se bem desinibida com ele. Outro detalhe que chama a atenção do leitor é a dinâmica entre o Butch e o Vishous, que acaba mudando um pouco e trazendo confusão até mesmo para os personagens.
Mesmo entendendo que Marissa tem séculos de um histórico de criação opressivo, a maior parte do livro ela é uma personagem bem chatinha, reclamando e se lamentando. Quem sabe nos próximos ela se torne mais auto-suficiente e defenda com clareza seus pontos.
Como nos livros anteriores, temos no início o glossário de termos e nomes próprios e a capa combina com a capa dos livros anteriores.
" - Mas sempre será Butch para nós - Rhage interrompeu. - Espertão. Sabichão. Um pé no saco. Sabe como é, o que vier na hora. Qualquer coisa que tire sarro de você tá valendo". (p. 480) 
Confiram as resenhas dos livros anteriores:

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