Resenha O Campeão de Lady Isobel - Carol Townend


Sinopse - Isobel sabia que a viagem a Troyes seria uma jornada que mudaria a sua vida. Por nove anos ela esperou que Lucien, o conde dAveryon a desposasse. Até que chegou a hora de realizar o enlace. A única dúvida de Isobel era o que poderia tê-lo mantido longe por tanto tempo. Ela sabia que o casamento era um acordo entre as famílias, porém, nunca negou o fato que de se sentia atraída pelo noivo. Lucien Vernon, o conde de dAveryon, se sentia em débito com o falecido pai, por isso decidiu que era hora de cumprir a promessa feita para ele e se unir à Isobel. O que não esperava era a atração que o dominou ao conhecê-la. Lucien Queria uma esposa dócil e obediente, mas a impetuosidade de Isobel acaba sendo um atrativo inesperado. Mas, para conquistá-la, Lucien terá que revelar a verdade que o fez ficar longe por nove anos.
"O campeão de Lady Isobel" é narrado em terceira pessoa e começa em outubro de 1173 em Ravenshold, no condado de Champagne. Lá, conhecemos Lucien Vernon, o conde d'Averyon, um homem que esconde um grande segredo por quase uma década. Seu falecido pai, o antigo conde, havia feito um acordo com o visconde de Gautier, o pai de Isobel para que seus filhos se unissem em matrimônio. Porém, por motivos pessoais, Lucien não cumpriu os desejos do pai, o que criou um grande abismo entre ambos antes da morte do antigo conde.
Mas Lucien está decidido a cumprir os desejos do pai. Ele só precisa colocar Ravenshold em ordem e eliminar quaisquer vestígios do passado. Então ele envia uma mensagem informando que sua noiva deve ir para Ravenshold em um mês.
Lady Isobel é uma jovem de 20 anos de idade que passou mais da metade da sua vida em um convento. Por ser do sexo feminino, seu pai não foi um homem afetuoso com ela e não hesitou em mandá-la para longe para que ela fosse educada da forma correta. Com o novo casamento do pai, a situação torna-se ainda mais frágil. Lady Angelina, sua madrasta, está disposta a dar um filho varão ao marido e herdar tudo do visconde de Gautier, deixando a jovem protagonista em uma situação ainda mais frágil.
"-Tenho 20 anos, Elise. Eu não estava destinada a servir à Igreja, então, é uma vergonha ser a mais velha no convento Santa Fé. - Isobel ficou em silêncio. Na verdade, ela sentia muito mais do que vergonha." (p. 20)
Determinada a não ficar mais esperando como um enfeite em uma prateleira empoeirada, ela se hospeda no convento de Notre Dame aux-Nonnains, que fica próximo a residência do conde, antes do tempo estipulado e tenta descobrir o motivo de ter ficado confinada por tantos anos, sendo subjugada para se tornar uma esposa perfeita.
Lucien estava esperando uma esposa obediente e subserviente, mas fica admirado com a determinação da jovem quando ela se envolve na busca de uma relíquia sagrada que foi roubada. Enquanto os dois se envolvem em nessa perseguição, Lucien e Isobel começam a se conhecer. Lucien fica fascinado com a mulher que está na sua frente, mas Isobel ainda ressente-se por ter sido abandonada por tantos anos. Mais do que isso, o segredo de Lucien tem o potencial de transformar algo novo, real e duradouro em um abismo de proporções gigantescas.
Isobel é uma personagem admirável. Não era fácil ser uma mulher na época e ela passou por inúmeras rejeições, a começar pelo próprio pai apenas pelo fato de ter nascido mulher. Crescer em um convento também não foi nada fácil, pois as freiras não eram carinhosas e só a repreendiam. Dito isso, Isobel cresceu sentindo-se solitária e rejeitada e o fato de que o seu pretendente demorou quase uma década para ir atrás dela, enquanto Isobel observava jovens entrando e saindo casada dos conventos foi extremamente doloroso. Mesmo assim, o seu espírito não foi quebrado e tudo o que ela precisou foi ter um pouco de liberdade para florescer.
Lucien é um homem honrado que se viu preso em uma situação terrível e precisou cumprir a sua palavra durante todos esses anos. Ao mesmo tempo em que se sente fascinado por Isobel, ele também sente-se envergonhado pelo passado e temeroso de que a jovem não consiga perdoá-lo.
O livro tem um romance muito bem construído, com protagonistas fortes e marcantes. O fato de que ambos são bem determinados torna o romance delicioso de se ler.
Outros personagens ganham espaço na trama, como Sir Raoul de Courtney, amigo de Lucien; Elise, uma misteriosa acompanhante de Lady Isobel.
Em relação à revisão, diagramação e layout a Harlequin realizou um bom trabalho. Existem alguns errinhos de digitação, como por exemplo na página 239, mas nada que interfira na compreensão do texto. A capa é muito bonita, mas gostaria que ela tivesse alguns elementos relacionados com o enredo.
"Os sentimentos de Isobel foram crescendo conforme o tempo passava, numa época em que as moças se casavam cedo. E mesmo ciente de que não sabia de todos os aspectos da vida de casada, ela desejava que a cerimonia não tardasse." (p. 17)
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14 comentários

  1. Olá!
    O livro é muito interessante. A história é muito intrigante onde vemos que uma mulher é rejeitada pela sociedade e ainda pelo pai naquela época e algo traumático né. O livro tem uma premissa é estou curiosa em ler!

    Meu blog:
    Tempos Literários

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    1. Oi Lily, tudo bem? A premissa é bem curiosa mesmo e a época em que se passa a história (1173) mostra uma dinâmica diferente daquela que lemos nos romances de 1800, onde a noiva saía de casa praticamente criança (aos 11 anos de idade) para ir para um convento ser "treinada" para se tornar uma esposa.
      Bjkas

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  2. Oi Carol.
    Eu adoro romances de época, mas esse não me interessou.
    Fiquei com pena da Isobel por ela ter sido mandada tão jovem para um convento. Faz sentindo ela se sentir solitária e rejeitada.
    Beijos

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    1. Oi Pamela, tudo bem?
      Infelizmente era uma época em que as mulheres não tinham tanta liberdade ou até mesmo direito a opinar sobre a própria vida.
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  3. Olá! Adoro romances de época, com mocinhas determinadas e um segredo guardado por tanto tempo (curiosa para saber qual), tomara que Isobel faça Lucien correr atrás do que ele rejeitou por tanto tempo.

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    1. Oi Elizete, esse tipo de romance é delicioso de se ler. Espero que realize a leitura e venha nos contar o que achou.
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  4. O que me chamou mais atenção a trama foi sua época mesmo, nunca li nada de um tempo tão antigo e a proposta dos personagens terem personalidade forte, mas sem um embate entre eles foi um aspecto que se destacou ao meu ver. E diferente também ler algo onde a personagem foi criada de forma tão rígida e deve mostras aos poucos esse luta dela. Realmente a capa mostra pouco do que mencionou em relação a historia.

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    1. Oi Michelli. Acho que a época foi realmente o diferencial do enredo.
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  5. Carolina!
    Era uma época bem difícil mesmo para as mulheres, a maioria tinha de ir para o convento se não fizese o que os pais queriam e pelo jeito, Izobel foi bem destemida.
    E Lucien se mostrou honrado, mesmo parecendo não ter culpa.
    Uma semana abençoada!
    “Acredite na justiça, mas não a que emana dos demais e sim na tua própria.” (Código Samurai)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA FEVEREIRO: 3 livros + vários kits, 5 ganhadores, participem!
    BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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    1. Oi Rudy. Realmente, ser mulher naquela época não era nada fácil.
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  6. Oi, Carol.
    Ainda tenho curiosidade de ler os livros dessa autora, mas me pareceu que esse não foi o melhor dela até agora! Rs... Mesmo assim fiquei com vontade!
    beijos
    Camis - blog Leitora Compulsiva

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    1. Oi Camila, dos livros que eu li da autora esse não é o meu preferido.
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  7. Oi Carol!
    É a primeira vez que vejo um romance de época em que os dois personagens parecem ter características fortes, em que o homem não se impõe em cima da mocinha, sabe eu gostei, os dramas dos dois são reais, e apesar do toque clichê - que todo romance tem, rs - a história tem seus pontos originais.
    Como as mulheres da época competiam né? Dá para ver isso no tanto de "madrastas" que querem afastar a enteada nesses livros!!
    Enfim, eu gostei mto da resenha, me conquistou.
    Beijos

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    1. Oi Vitória, tudo bem?
      Acho que por não terem direitos, a luta pelo status social era a única forma delas ganharem espaço. Talvez seja por isso que elas fossem tão competitivas.
      Bjkas

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